terça-feira, 17 de agosto de 2010

Português - Narrativa de Enigma

                                  "Narrativa de Enigma"
                              Parte II

Smith sentou-se na sua mesa, e procurava novas informações na Internet, as quais inspirava-se diariamente.
- Com licença, Detetive Smith.
- Você nunca deve pedir 'com licença', percebo a sua entrada - respondeu, ainda concentrado, o detetive.
Quem entrou na sala foi o investigador Peter, que sempre estava presente nos casos de Smith. Era na verdade como um espião, já que quase nunca deixava rastros em suas investigações importantíssimas passadas pelo chefe. Sua aparência era boa, mas sempre aparecia com olheiras de ter que se concentrar em tantas viagens a trabalho. Seu cabelo negro estava brilhando, como se tivesse acabado de sair de um banho. 
O investigador sentou-se no assento e virou-se para frente de Smith.
- Doutor Smith?
- Sim. Mas, meu caro, não me considere-se um doutor.
- Tudo bem. Têm casos novos?
- Com certeza. Você sabe que a clientela anda cada vez mais apressada nos casos, não é mesmo?
- Hurum.
- Você ficou sabendo de um tal de Gabriel Lock que apareceu por aqui hoje?
- Sim, claro. Notei sua aparência quando estava no elevador.
- Bem, então vai saber com facilidade de quem eu vou falar.
- Comece, por favor.
- Aquele homem parece um maluco por horários. Veio o mais apressadamente possível para a minha agência. Isto me deixou transtornado. Primeiramente, é muito difícil conseguir um horário bem no dia de uma suposta morte de seu filho. E como ele acredita tanto nisto? Como ele acredita nas palavras de um bandido que você nem reconhece? 
- Hmm, acho que o senhor já está começando a levantar suspeitas contra o homem.
- Creio que ele possa ter participado do crime, mas vamos voltar a continuação da nossa consulta. Acho que foi um dos menores períodos que um dos clientes ficou na minha sala. Bom, logo quando fui despedir-se do homem, ele encontrou uma mulher na entrada e a reconheceu. Disse "você!" e saiu correndo do apartamento.
- Sabe quem era?
- Não. Ele não teve tempo o suficiente para me dizer quem era já que desapareceu em poucos instantes. Mesmo assim, claro que interroguei a mulher sobre o caso e disse que nunca o havia visto e mudou de assunto. Eu conheço estas mudanças que ocorrem abruptamente, e tenho certeza que ela tentou esconder algo. Porém ele deixou comigo alguns endereços, inclusive o seu e também seu telefone para contato.
- Nunca ouvi falar em Lock - disse o detetive, baixinho.
- O caso é o seguinte, pelo menos pelo que o Lock me contou: o filho dele voltou tarde para sua casa. O garoto estava na casa da mãe, que o Sr. Lock diz ser sua última mulher, com quem já não é mais casado. Além disto de manhã ele não sabia mais o paradeiro do adolescente.
- Qual era o nome dele?
- Jonathan. Eu acho estranho o homem não ter deixado o sobrenome e também me faz deduzir outras pistas. 
Smith digitou novamente no computador e exclamou: "Ahã!"
- Que foi? - interrogou Peter.
- Descobri mais uma coisa sobre ele. Ele foi meu cliente no ano passado, por problemas familiares. Além disto aqui diz que ele marcou a consulta no dia 14 de julho. Praticamente um mês antes de saber que seu filho estava desaparecido.
- Hmm, é óbvio que ele já sabia sobre o caso.
- É o que podemos dizer até agora. O resto é com você. Fale com a ex-mulher, a tia, a avó e o próprio Sr. Lock para sabermos mais sobre o caso. Descubra pontos essenciais, como quando se casou, quando teve o garoto, etc.
Smith entregou, então, um bloco onde ele anotaria as informações mais surpreendentes, ou as que mais interessariam ao caso. Na primeira folha, quatro endereços estavam escritos em uma letra legível.

" Rua Angelle Campos, 242 - avó
Rua Pedreira Rocha, 89 - tia
Rua Bernardina Pirres, 34 - mãe
Rua Bernardina Pirres, 67 - pai "

- Que bom que dois dos parentes encontram-se na mesma rua! - exclamou Peter.
- O quê? - interrogou Smith e foi ler a primeira folha do bloco. - Não acredito. Este também é um ponto essencial para a dedução. Fale com os quatro o mais rápido possível.

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Peter encontrava-se agora na rua Angelle Campos, em busca da avó de Jonathan. A mulher foi simpática e deixou o detetive entrar sem ensitar. A senhora logo levou ele para a sala e os dois se sentaram em um sofá verde e confortável.
- O que a senhora sabe sobre a relação entre Gabriel e Gisha?
- Só sei que a minha filha foi sempre uma garota amável e casou-se com este tal de Gabriel, que nunca me pareceu um bom sujeito.
- A senhora sabe o sobrenome dele?
- Ah, sim. Era Gabriel Matos de Corrâcea.
- Hmm. E Lock? Não tem um outro sobrenome, Lock?
A senhora riu.
- Você acha que ainda sei mentir?
- Tudo bem. E como era a relação entre pai e filho, ou seja, entre Jonathan e Gabriel.
- Nada sei sobre eles, nem mesmo que aquela desgraça teve um filho. Se soubesse, não me chamaria mais Anny.
- Agradeço mesmo assim, Anny.
Enquanto ele pedi um táxi para a rua Pedreira Rocha descobriu que este nome não existe ou que o endereço estava errado.
- Mas como? - disse surpreso Peter, enquanto fazia algumas anotações em seu pequeno bloco de notas. Queria deixar o pior por último.
- Homem, não persista. Essa rua não foi encontrada no meu GPS.
- Tudo bem, então me leve na rua Bernardina Pirres.
O taxista parecia esgotado depois de um longo dia de trabalho, afinal já era noite.
- Obrigado - disse Peter entregando um dinheiro e saindo do carro. Caminhou até o número 34.
Gisha calmamente levou o homem até a cozinha.
- Por que está aqui? - perguntou ela.
- Quero resolver algumas coisas sobre o seu filho, Jonathan.
- Você é o professor de Matemática?
- Não. Eu sou o detetive Peter e estou no caso do seu filho que desapareceu ontem.
- Hã? Meu filho desapareceu?
- Obviamente. Vai dizer que a senhora não sabia?
- Não - e chorou;
- Bem, eu...Pensava que soubesse. Mas vamos a sua opinião sobre seu ex-marido.
- Ele era maravilhoso, tinha um trabalho bom, tivemos um filho bom e ele sempre se preocupava comigo e com o meu bem-estar.
- Hmm. Por que, então se separou dele?
- Eu não me separei dele. Ele que me largou nas Montanhas do Norte em um Jeep lotato de malas. Ele disse que como eu não cabia mais no Jeep eu também não cabia mais no coração dele. Primeiro eu achei que era uma brincadeira, mas depois que ele se separou no Cartório notei que era realmente verdade.
- Mas porque ele se separou da senhora?
- Não faço ideia. Ele sempre gostou de mim... Não entendo.
- Você sempre morou aqui?
- Desde que me casei com ele, sim, está sempre foi a minha casa.
- Ok. Agora vou falar com outros parentes de Jonathan.
- Tudo bem. E se o vir vai saber que ele é o culpado do caso - disse a mulher, agora rindo e se retirando da sala.
Finalmente, Peter agora se dirigia ao número 67 daquela mesma rua. Já começara a avaliar o caso.
- Boa noite - disse alegremente Gabriel, quando o recebeu.
- Boa noite.
- Como vai a investigação?
- Está ótima. Mas também gostaria de saber melhor sua opinião sobre o caso e por isto vim aqui.
- Esperava a sua visita.
- Primeiramente gostaria de saber o nome completo do seu filho.
- É...éee...éééé... - o homem não conseguia responder. - Acho que isto não é necessário.
- Tudo bem. Vamos pular está parte. Existe alguém que você ache suspeito?
- Ah, não exatamente. Afinal, não era o certo você mesmo descobrir o que está acontecendo?
- Sim, mas perguntei a opinião de todos os entrevistados - enganou Peter, tentando descobrir algo.
- Sério? O que eles disseram?
- Disseram que consideram você o culpado - mentiu novamente o investigador.
- Eles estão com problemas - disse meio sem jeito - Quer dizer... O que há de errado comigo? Eu que procurei a ajuda de vocês! Vocês têm ótimo conhecimento e achei um caso fácil para vocês.
- Porém enigmático - disse Peter.
Depois de 15 minutos o detetive terminou a "entrevista". Agradeceu e foi embora para o seu apartamento 147, na Av. Pencchego.
Por: Isabela Rosa Prochmann
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Você já pode deduzir algo? Quer ficar por dentro da história? Nos acompanhe na próxima parte!
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